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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Mor Malke – Igreja Ortodoxa Síria

                         Foto: Mor Malke – Igreja Ortodoxa Síria

Segundo a tradição e a história, quando Mor Malke, monge eremita, 
exorcizou o demônio obrigando-o a deixar o corpo da filha de um rei local, o rei, 
prometeu dar-lhe o que quisesse como gesto de gratidão; o Santo pediu então que lhe 
desse simplesmente as duas pedras que tradicionalmente se colocam no oriente nos 
poços; sendo uma delas circular e que se coloca na borda do poço a fim de evitar que as 
pessoas caiam dentro do poço e a outra em forma de uma meia esfera na qual quem tira 
água do poço lança para que os outros possam apanhá-la. 
Intrigado com o Santo pelo pedido singelo, o rei concordou em ceder as duas peças, mas 
por serem de pedra, conseqüentemente muito pesadas questionou o Santo como faria para 
transportá-las - ao que o Santo retrucou dizendo que a solução é fácil: mandou o diabo 
que tirara do corpo da menina, colocar a pedra circular em volta do pescoço e a outra na 
cabeça e o seguir. 
No caminho de volta verificou o Santo que o demônio empacava e teimava em andar, ao 
que o Santo questionou porque essa teimosia, e o demônio retrucou dizendo que não o 
perturbava nem cansava do peso das pedras mas era muito difícil agüentar as orações que 
o Santo entoava em louvor a Deus e a gozação que os outros capetas lhe faziam durante 
todo o trajeto. 
Enfim, bem ou mal, chegaram à aldeia do Santo e este mandou que o diabo tirasse 
devagarinho a pedra circular e a colocasse em volta do poço, pois bem, o diabo tirou-a 
com força e atirou no chão partindo-a em duas partes. 
Mor Malke, vendo a contrariedade do demônio, mandou que atirasse a outra pedra no 
chão! Pasmem! O demônio tirou devagarinho e colocou-a no chão sem quebrar! E lá 
estão até hoje! 
O Santo então, mandou o diabo pular dentro do poço e lá ficar até o seu retorno, mas o 
Santo morreu, e o diabo volta e meia retinha o balde no fundo do poço; quando as 
mulheres da aldeia iam buscar água para perguntar se Mor Malke voltara; as mulheres 
então corriam até o padre da igreja para que mandasse o diabo soltar o balde e dizer ao 
diabo que Mor Malke não voltara; e, passados os séculos, até hoje, quando o balde se 
prende no fundo do poço, chamam o pároco da aldeia para mandar o diabo soltar o balde.

Jornal Suryoye N. 11

Mor Malke – Igreja Ortodoxa Síria

Segundo a tradição e a história, quando Mor Malke, monge eremita, 
exorcizou o demônio obrigando-o a deixar o corpo da filha de um rei local, o rei, 
prometeu dar-lhe o que quisesse como gesto de gratidão; o Santo pediu então que lhe
desse simplesmente as duas pedras que tradicionalmente se colocam no oriente nos
poços; sendo uma delas circular e que se coloca na borda do poço a fim de evitar que as
pessoas caiam dentro do poço e a outra em forma de uma meia esfera na qual quem tira
água do poço lança para que os outros possam apanhá-la.
Intrigado com o Santo pelo pedido singelo, o rei concordou em ceder as duas peças, mas
por serem de pedra, conseqüentemente muito pesadas questionou o Santo como faria para
transportá-las - ao que o Santo retrucou dizendo que a solução é fácil: mandou o diabo
que tirara do corpo da menina, colocar a pedra circular em volta do pescoço e a outra na
cabeça e o seguir.
No caminho de volta verificou o Santo que o demônio empacava e teimava em andar, ao
que o Santo questionou porque essa teimosia, e o demônio retrucou dizendo que não o
perturbava nem cansava do peso das pedras mas era muito difícil agüentar as orações que
o Santo entoava em louvor a Deus e a gozação que os outros capetas lhe faziam durante
todo o trajeto.
Enfim, bem ou mal, chegaram à aldeia do Santo e este mandou que o diabo tirasse
devagarinho a pedra circular e a colocasse em volta do poço, pois bem, o diabo tirou-a
com força e atirou no chão partindo-a em duas partes.
Mor Malke, vendo a contrariedade do demônio, mandou que atirasse a outra pedra no
chão! Pasmem! O demônio tirou devagarinho e colocou-a no chão sem quebrar! E lá
estão até hoje!
O Santo então, mandou o diabo pular dentro do poço e lá ficar até o seu retorno, mas o
Santo morreu, e o diabo volta e meia retinha o balde no fundo do poço; quando as
mulheres da aldeia iam buscar água para perguntar se Mor Malke voltara; as mulheres
então corriam até o padre da igreja para que mandasse o diabo soltar o balde e dizer ao
diabo que Mor Malke não voltara; e, passados os séculos, até hoje, quando o balde se
prende no fundo do poço, chamam o pároco da aldeia para mandar o diabo soltar o balde.

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