
DEUS DA GUERRA DOS EGÍPCIOS era Montu, também conhecido como Menthu, Mentu ouMont. Essa divindade era representada como um homem com uma cabeça de falcão encimada por um disco solar, uma serpente uraeus e duas longas plumas, sendo seu centro de culto a cidade deIuny, localizada ao sul de Tebas, que foi capital do quarto nomo do Alto Egito até o princípio da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.). Hoje essa localidade chama-se Armant, nome derivado deIuny-Montu, o qual se transformou em Ermont em copta e em Hermonthis em grego. È da época ptolomaica o belo relevo que vemos acima, em arenito, com 32 cm de altura e 50,5 cm de largura, pertencente ao Museu
do Louvre.
ESSE DEUS É BASTANTE PRIMITIVO e já aparece mencionado no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a. C.) e é citado nos Textos das Pirâmides. Originalmente essa divindade estava ligada aBuchis, o touro sagrado adorado em Hermôntis que simbolizava o poder da fertilidade. No decorrer da XI dinastia (c. 2134 a 1991 a. C.) Montu recebeu um culto especial e vários soberanos adotaram o nome de Mentuhotepe (Montu está contente), incorporando, assim, o nome da divindade ao seu próprio nome. Em Hermôntis foi erguido um santuário dedicado ao deus, protetor da dinastia, e o deus e seu templo passaram a ser considerados como dos mais importantes da região tebana. Foi então, provavelmente, que se criou a personalidade guerreira da divindade. Vitórias conseguidas pelos reis eram atribuídas à força que Montu lhes proporcionava como senhor da guerra e de Tebas. No Império Novo (c. 1550 a 1070 a. C.) os faraós, belicosos que eram, faziam questão de se equiparar a esse deus, ressaltando que no decorrer das batalhas encarnavam a coragem e a força guerreira do deus Montu. Um templo a ele dedicado foi construído durante a XVIII dinastia no santuário de Karnak. Nessa época a divindade era representada com uma clava, um machado e um arco nas mãos e acreditava-se que o faraó fosse seu filho. No Terceiro Período Intermediário (c. 1070 a 712 a. C.) foi adorado em templos da Núbia com o nome de Uronarti.

Eu sou como Montu, eu lanço as flechas com o braço direito.
Eu sou como Montu, meu gládio é poderoso.
Eu sou como Montu em sua hora, quando seu ataque
se produz.
Vejo que as duas mil carruagens, no meio das quais me encontrava, foram despedaçadas após a passagem dos
meus cavalos.

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