![]() Egito Antigo |
![]()
A civilização egípcia cresceu às margens do Rio Nilo, ao Nordeste da África, por volta de 3000 a.C. A sociedade desenvolveu-se a partir da organização de clãs que há muito se firmaram às margens do rio com propósito de plantar e criar animais. Outras evoluções foram promovidas, como escrita, religião, arquitetura, um governo centralizado, desenvolvimento da agricultara e algumas ciências.
Essa civilização passou por diferentes fases, na primeira o Egito era dividido em Alto Egito e Baixo Egito, numa segunda fase os dois se juntam, formando um só governo. Depois da centralização, passa a ser governado por várias dinastias. Mais ao fim da Império, sofreu invasões de outros povos, o mais importante foi o domínio Romano no fim da Antiguidade Clássica. Foi uma das primeiras sociedades a se auto documentar, através das artes, da escrita, das práticas religiosas deixaram um legado de muitos mistérios a serem desvendados. Os faraós e sua origem mística fascinam muitos estudiosos até hoje, principalmente figuras importantes, como Cleópatra, que marcou um tempo e deixou sua história se propagar pelos séculos. A influência dessa sociedade está em muitas áreas do conhecimento hoje como a matemática, a química (por conta das técnicas de mumificação), a agronomia, engenharia e artes. Ou seja, o desenvolvimento que os egípcios adquiriram refletiu em outras culturas que tiveram contato com eles e propagou-se até nossos tempos.
Localização Geográfica
A localização geográfica do Egito Antigo se limita as áreas próximas ao Nilo que se encontram entre os desertos da Arábia, ao leste, e da Líbia, a Oeste. Ao Norte se encontra o Mar Mediterrâneo, onde deságua o rio Nilo. O ciclo de cheia desse rio, que acontecia de acordo com as estações do ano, determinou o tipo de cultivo na agricultura praticada.
Durante o verão, que acontece de junho a setembro, ocorriam as cheias, que invadiam os vales e deixavam aluviões no solo (sedimentos muito férteis). Depois que a água recuava no início de outubro era hora de semear a terra e começar o cultivo de alimentos durante o outono.
![]()
Com o passar do tempo cada pequeno clã foi se agrupando e formaram pequenas sociedades urbanas, os nomos. Cada nomo era uma cidade independente, os integrantes exerciam um tipo de trabalho coletivo, baseado principalmente na construção civil, construíam canais e reservatórios de água com intuito de facilitar a irrigação nas plantações.
Com o tempo a produção dos nomos começou a exceder, o que gerou outro tipo de desenvolvimento econômico baseado em trocas de mercadorias entre essas cidades, esse novo estágio gerou uma evolução cultural, desenvolveu-se a escrita, os famosos hieroglifos. A maneira de governar também mudou, nesse momento quem governava era chamado de rei e pertencia a uma família com privilégios. Por causa dessa aproximação econômica entre os nomos foram acontecendo deles se fundirem por conquistas políticas ou tratados e dessa forma foram transformando-se em reinos maiores que ficaram conhecidos como Baixo Egito e Alto Egito, ao norte e ao sul, respectivamente.
Mais tarde, esses dois reinos foram unificados sob o comando de Menés, que depois tornou-se o faraó do Egito, comandando todo o território. Supostamente Menés idealizou a construção de uma nova capital para o Egito unificado, Mênfis, que foi seu grande legado. Não se sabe ao certo, mas é possível que ela tenha sido erguida entre o Alto e Baixo Egito. O governo de Menés subjugou a autonomia dos nomos e de seus líderes, que tornaram-se meros governadores do faraó. A partir daí teve início a Era Dinástica do Antigo Egito.
O Período dinástico foi de grande importância, é nele que foram construídas as pirâmides, é quando se constata o maior crescimento econômico do Egito e também a expansão de suas terras. A unificação deu poder absoluto para os faraós. A monarquia era teocrática, ou seja, o faraó era respeitado e adorado como uma divindade, ele e seu governo eram sagrados. Ele não era só um chefe administrativo, era também chefe religioso, militar e juiz supremo.
A primeira fase, foi chamada de Antigo Império, o início foi marcada por prosperidade e os governantes mais poderosos foram Queóps, Quefrén e Miquerinos. Eles pertenciam a quinta dinastia, a família mais importante do Egito até então, seguindo uma tradição que havia começado antes, foram os responsáveis pela construção das pirâmides de Gizé, usadas para abrigá-los depois da morte. Esse período de prosperidade teve fim depois de uma série de revoltas organizadas pelos administradores dos nomos, que queriam enfraquecer o poder dos faraós. O resultado foi uma guerra civil que desorganizou toda a sociedade egípcia e provocou enormes mazelas.
Os nobres do Alto Egito uniram força através da figura do faraó e reconquistaram o poder no Egito, para tentar controlar a situação de caos que viviam. Depois que os trabalhos coletivos foram retomados na sociedade e as classes mais baixas adquiriram alguns direitos (como ingressar no exército), a situação econômica se estabilizou, as doenças diminuíram e os conflitos foram finalmente combatidos. Esse período é conhecido como Médio Império.
O crescimento territorial foi muito grande nesse período, os egípcios conseguiram conquistar a Núbia e a Palestina, o que trouxe mais riquezas, pois lá encontraram metais preciosos como ouro e cobre. Esse novo período de prosperidade atraí as tribos hebraicas, que migram para o Egito. Mas eles não são os únicos a chegar, um povo nômade vindo da Ásia, invadiu o Egito e conseguiu conquistá-lo e o principal motivo foi sua sua superioridade militar em relação aos egípcios. Os hicsos, como são conhecidos, lutavam montados em cavalos e possuíam enorme potencial em tecnologia de guerra que o exército egípcio não tinha, dessa forma eles instalaram-se no Delta do Nilo e assumiram o controle, subjugando o poder dos faraós e colocando fim a esse período.
O Novo Império teve início
![]()
A nova centralização do poder nas mãos do faraó permitiu a Amenófis fazer uma reforma religiosa, transformando o politeísmo em monoteísmo, para controlar o poder dos sacerdotes que ameaçavam fazer uma revolta. Depois de Amenófis, o governo de Tutancâmon permitiu que os templos dos deuses politeístas fossem abertos novamente e considerou legal as práticas religiosas derrubadas por seu pai. Já sob a liderança de Ramsés II, os egípcios sofreram ameaças de invasão, mas conseguiram vencer algumas batalhas para evitar a conquista de outros povos.
O fim do Novo Império deu-se por causa dos conflitos entre os monarcas e o poder religioso dos sacerdotes, que Amenófis tentou evitar. Além desses conflitos, a classe de camponeses também se rebelou contra os tributos abusivos e o estado de miséria em que viviam em contradição a vida de luxo que os chefes de estado tinham. Dessa forma, o poder dos faraós foi descentralizado novamente, o Egito foi dividido em Alto e Baixo Egito, enfraquecendo o governo e deixando o país suscetível a invasores estrangeiros.
A decadência do Egito foi acontecendo gradativamente, depois de livrarem-se dos assírios e tentar erguerem-se econômica e culturalmente, foram dominados pelos persas, que por sua vez, perderam o poder do Egito para os macedônios, sob o comando de Alexandre, O Grande.
Depois de virar uma colônia macedônica, foi fundada no Delta do Nilo a cidade de Alexandria, em homenagem ao grande conquistador da Macedônia. Tornou-se uma cidade cosmopolita e muito importante politica, econômica e culturalmente, onde disseminava-se a cultura grega. Em 30 a.C, é a vez dos romanos, depois da derrota da rainha Cleópatra na batalha do Ácio contra o exército de Otávio Augusto, o Egito torna-se mais uma terra anexada ao Império Romano e assim permanece até ser conquistado pelos Árabes em 642 d.C.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário