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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Glossário Egito Antigo Deuses

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GLOSSÁRIO





  • Aapep ou Apep — Nome que os egípcios davam à terrível serpente Apófis.
  • Abertura da boca — Cerimônia muito antiga praticada em uma estátua ou em um morto, que consistia em reanimar a função vital desse órgão. A estátua ou o morto se tornavam assim aptos a receber as oferendas alimentares necessárias à sua subsistência.
  • Abido — Cidade do Alto Egito onde os reis da I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.) construíram suas tumbas. A localidade atraia numerosos peregrinos, pois se acreditava que ali estivesse enterrada a cabeça do deus Osíris.
  • Aha — Nome que os egípcios davam aos peixes do gênero "latus niloticus" por eles adorados em Esna. Veja: Os Peixes Sagrados.
  • Aker — Deus guardião dos portões do além-túmulo pelos quais o deus-Sol  passava diariamente ao nascer e se pôr. Representado por dois leões sentados e voltados para lados opostos. Às vezes os leões têm cabeças humanas. Veja: O Guardião dos Horizontes.
  • Akhet — Nome egípcio do símbolo que representa o horizonte: um disco solar apoiado entre os dois cumes de uma montanha.
  • Akhetaton — Cidade cujo nome significa "Horizonte de Aton" e que foi a capital efêmera do Egito e residência real durante grande parte do reinado do faraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.).
  • Alto Egito — Região do antigo Egito que abrangia desde a zona ao sul de Mênfis até Assuãoe era formada por 22 nomos ou divisões administrativas.
  • Am-akhu — Uma das serpentes habitantes do mundo subterrâneo, moradora da sexta região. Veja: As Serpentes do Inferno.
  • Amarna — Veja Tell el-Amarna.
  • Amentet — O mundo subterrâneo.
  • Ammut — Monstro que devorava a alma dos mortos que não passassem pela prova da pesagem do coração no tribunal de Osíris. Era representada como uma combinação de crocodilo, leão e hipopótamo.
  • Amon — Grande deus de Tebas de origem incerta. Originariamente talvez tenha sido uma divindade do ar e do vento. No Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) ganhou importância e se tornou patrono da monarquia. Deus nacional do Egito a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). Com sua esposa Mut e seu filho Khons formava a tríade tebana. Identificado com como Amon-Rá. Seus animais sagrados eram o carneiro e o ganso. Veja: O Carneiro do Deus Amon.
  • Amon-Rá — Deidade resultante da identificação do deus Amon com o deus . Este último transmitiu seu aspecto solar a Amon, que assim se tornou uma divindade com funções universais, passando a deus nacional do Egito. Veja: O Carneiro do Deus Amon.
  • Ampet — Capital do 16.º nomo do Baixo Egito na época greco-romana, quando recebeu o nome de Thmuis.
  • Anhert — Deus do céu, quase sempre identificado a Shu. Representado como um homem de barba, com uma ou ambas as mãos erguidas para o alto, segurando uma lança. Na cabeça usa quatro longas plumas.
  • Ankh — Signo da vida representado por um cordel atado que adota a forma de uma cruz ansata. Esse símbolo é muitas vezes carregado pelas divindades sob a forma de um amuleto que simboliza o sopro da vida.
  • Anpu — Nome que os egípcios davam ao deus Anúbis.
  • Anqet — Deusa da região da catarata de Assuão. Esposa de Khnum e mãe de Satis, formava com eles a tríade das divindades daquela região. Acreditava-se que ela distribuia a água fresca e potável. Seu animal sagrado era a gazela. Representada como uma mulher usando um adorno de cabeça feito de longas penas.
  • Antinoópolis — Cidade fundada pelo imperador Adriano, em 130 d.C., em memória de seu favorito Antinous, que se afogou nesse local.
  • Antropomorfo — Que tem forma humana.
  • Anúbis — Divindade funerária, sob a forma de um chacal protegia as tumbas e era o patrono dos embalsamadores. Veja: Anúbis, o Chacal.
  • Apedemak — Deus leão da Núbia que pode ter originado, por assimilação, o deus egípcioMaahes.
  • Ápis — Touro sagrado menfita considerado uma das manifestações dos deuses Ptah e Osíris. Representado como um touro usando entre os chifres o disco solar e uma serpente uraeus. Veja: O Touro Ápis.
  • Apófis — Terrível serpente que habitava o além-túmulo e perseguia a barca de  em sua viagem noturna, tentando fazê-la soçobrar. Essa serpente gigantesca simbolizava o caos ameaçando a ordem divina. Sempre derrotada mas sempre renascendo, é representada neutralizada, amarrada ou cravada de golpes de faca. Veja: A Serpente Apófis.
  • Apolinópolis Magna — Nome dado pelos gregos à cidade que os egípcios chamavam deMesen e que atualmente é conhecida como Edfu.
  • Apolinópolis Parva — Nome dado pelos gregos à cidade que os egípcios chamavam deGesa ou Gesy. Cidade localizada na região setentrional do Alto Egito que, a julgar por seus cemitérios, deve ter sido importante no início da história egípcia, pois servia de ponto de partida às expedições que se dirigiam para as pedreiras e o Mar Vermelho.
  • Apuat — Outra grafia do nome do deus Wepwawet.
  • Armant — Nome moderno da cidade que os gregos chamaram de Hermôntis.
  • Assuão — Cidade localizada na ilha de Elefantina. Vivia do comércio e de ser uma guarnição militar. O significado vulgar da palavra egípcia antiga "swenet", da qual derivou o nome Assuão, é comércio.
  • Astartéia — Divindade dos povos semíticos, deusa do céu por excelência. Protetora, sob diferentes nomes (Istar, Atar, etc.), de várias cidades. Várias vezes honrada com sacrifícios humanos.
  • Atef — Nome egípcio da Coroa Ritual.
  • Atum — Divindade cujo centro de culto era Heliópolis, no Baixo Egito, onde, comodemiurgo, foi assimilado ao deus . Segundo a cosmogonia, ele teria dado à luz ao casal divino Shu e Tefnut, expectorando ou se masturbando.
  • Ave Benu — Nome dado pelos antigos egípcios ao pássaro Fênix.


  • B
  • Ba — Um dos elementos que, segundo os egípcios, formavam o ser humano. A palavra pode ser traduzida por "sublime", "nobre", "poderoso" e sua idéia se assemelha ao nosso conceito de alma. Veja: O Pássaro Alma.
  • Baal — Divindade dos fenícios, assírios e babilônios.
  • Baaq — Um tipo de bolo de pão feito de farinha fina.
  • Bahariya — Oásis do deserto líbio, um dos centros de culto do deus Maahes.
  • Baixo Egito — Região do antigo Egito que compreendia todo o delta do Nilo até a cidade deMênfis, inclusive, e era formada por 20 nomos ou divisões administrativas.
  • Bakhu — Nome que os egípcios davam à montanha da aurora, ou seja, a montanha por trás da qual o Sol surgia todas as manhãs.
  • Banimento de Apófis — Ritual executado anualmente pelos sacerdotes de . Visava afastar os malefícios da terrível serpente Apófis os quais, sendo cíclicos, retornariam no ano seguinte.
  • Bas — Palavra que identifica um jarro de ungüento para cerimônias funerárias. Esse termo entra na composição do nome da deusa Bastet, cujo significado é "deusa do bas".
  • Bastet — Deusa que representava os poderes benéficos do Sol. Muitas vezes ela aparece fundida a Sekhmet e outras vezes é identificada a Mut. Representada como uma mulher com cabeça de gata e segurando um sistro, ou simplesmente como uma gata. Veja: A Deusa Gata.
  • Bastões de Ápis — Nome que recebiam os sacerdotes especiais encarregados dos cuidados dispensados ao boi Ápis.
  • Batalha de Kadesh — A mais antiga batalha da história da humanidade cujo desenrolar pode ser reconstituído em pormenor. Ela ocorreu perto da cidade de Kadesh, junto ao rio Orontes, em 1285 a.C. Os combatentes eram o faraó Ramsés II e o rei hitita Muwatallis e estava em jogo o controle da Síria.
  • Behdet — Cidade situada na região ocidental do delta nilótico. Centro de culto da divindade conhecida como Hórus de Edfu ou Hórus de Behdet. O nome atual da cidade é Damnhour.
  • Bekh — Nome dado pelos antigos egípcios à câmara subterrânea na qual eram enterrados os touros sagrados Buchis.
  • Benben — Na ótica heliopolitana, pedra sagrada semelhante a um pequeno obelisco que simbolizava o monte primevo da criação.
  • Biblos — Antiga cidade da Fenícia, atual Gebel na República do Líbano. Foi lá que Ísisencontrou o corpo do deus Osíris assassinado por seu irmão Seth.
  • Bubastis — Cidade da região central do delta e principal centro de culto da deusa Bastet. No início da história egípcia tinha importância estratégica, pois controlava as rotas de Mênfis para o Sinai e para a Ásia. Foi capital do 18.º nomo do Baixo Egito durante o Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.).
  • Bucheum — Nome latino da câmara subterrânea na qual eram enterrados os touros sagradosBuchis.
  • Buchis — Touro sagrado adorado em Hermôntis, simbolizava o poder da fertilidade, estando ligado aos cultos de  e Osíris. Era ainda um dos animais relacionados com o culto do deusMontu. Representado como um touro usando entre os chifres o disco solar e duas plumas. Veja: O Touro Buchis.
  • Buto — Capital do 5.º nomo do Baixo Egito, localidade tida como a terra natal da deusa-serpente Wadjit, deusa tutelar daquela região. A palavra também pode designar a própria divindade.


  • C
  • Capela do Nascimento — Veja mammisi.
  • Cenotáfio — Monumento fúnebre erigido à memória de um morto, sem que este esteja nele sepultado.
  • Cinocéfalo — Gênero de macacos de cabeça semelhante à do cão.
  • Coroa Branca — Coroa correspondente ao Alto Egito, era formada por um ornamento alto, confeccionado com linho ou feltro, terminando em forma arredondada. Seu nome egípcio eraHedjet.
  • Coroa Dupla — Coroa resultante da fusão da Coroa Branca com a Coroa Vermelha, aparecendo a primeira embutida dentro da segunda. Seu nome egípcio era Pschent. Depois que as duas terras foram unificadas, essa coroa passou a simbolizar o poderio do rei sobre oAlto Egito e o Baixo Egito e o fato dele governar as duas regiões como se fosse uma só.
  • Coroa Ritual — Coroa composta por uma mitra central com raios verticais coloridos, encimada por um disco solar e ladeada por duas plumas de avestruz. Um disco solar na base e outro no centro da mitra, bem como dois cornos horizontais de carneiro, completam por vezes este toucado. Seu nome egípcio era Atef.
  • Coroa Vermelha — Coroa correspondente ao Baixo Egito, era formada por um barrete achatado, prolongando-se na parte posterior por um apêndice alto e com uma tira metálica enrolada na ponta e voltada para a parte frontal da coroa. Seu nome egípcio era Decheret.
  • Cosmogonia — Estudo da origem e evolução do Universo.
  • Crocodilópolis — Cidade que foi capital da região do Fayum, centro de culto do deusSebek.
  • Crótalo — Instrumento musical formado por duas placas iguais, geralmente de marfim ou de madeira, apresentando um formato curvo como se fossem aspas. Batendo-se as duas metades entre si produzia-se o som.


  • D
  • Damnhour — Denominação atual da região onde se situava a cidade de Behdet. O nome deriva da antiga palavra egípcia dmi-Hor e significa "Cidade de Hórus".
  • Decheret — Nome egípicio da Coroa Vermelha.
  • Deir el-Bahari — Sítio do Alto Egito, na margem esquerda do Nilo, onde Mentuhotepe II, da XI dinastia, e depois a rainha Hatshepsut, da XVIII dinastia, ergueram seus templos funerários.
  • Deir el-Medina — Sítio do Alto Egito, na margem esquerda do Nilo, onde viveram e se fizeram enterrar os artistas e artesãos que trabalharam na escavação e na decoração das tumbas do Vale dos Reis. Suas sepulturas revelaram diversos testemunhos do seu cotidiano.
  • Demiurgo — Segundo Platão, o Deus que cria o Universo, organizando a matéria preexistente.
  • Dendera — Sítio do Alto Egito no qual, desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), um santuário fora dedicado à deusa Hátor. Os vestígios lá existentes hoje em dia são de um templo do Período Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.).
  • Dja — Cidade localizada na região do Fayum, na qual existiu um complexo de um templo da deusa Renenutet.
  • Djedet — Segundo nome que recebeu a cidade de Ampet e que foi capital do 16.º nomo doBaixo Egito na época greco-romana, quando recebeu o nome de Thmuis.
  • Dmi-Hor — Antiga palavra egípcia da qual se derivou o nome Damnhour, denominação atual da região onde se situava a cidade de Behdet.
  • Duamutef — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia o estômago do morto, o qual, depois de embalsamado, era colocado em um dos vasos canopos. Representado por uma figura mumiforme com cabeça de cão ou de chacal.
  • Duat — Palavra com a qual os antigos egípcios designavam o local onde os seres humanos viviam após a morte. Também o chamavam de Terra dos Deuses.
  • Duas damas — Deusas tutelares do Alto Egito e do Baixo Egito, respectivamente NekhbetWadjit. Essas duas divindades aparecem frequentemente ao lado do soberano nas cenas de evocação do poder real.
  • Duau — Nome de um dos leões que simbolizavam o deus Aker. A palavra significa "amanhã".


  • E
  • Edfu — Nome moderno da capital do segundo nomo do Alto Egito. Seu nome egípcio eraMesen. O deus Hórus era venerado ali desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.). O templo que atualmente subsiste no local data do Período Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.).
  • Edjo - Outro nome da deusa Wadjit.
  • Eileithya — Deusa grega que os gregos associaram à deusa egípcia Nekhbet, pois ambas tinham a característica de ajudar nos nascimentos reais e divinos.
  • Eileithiyáspolis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia de Nekheb, por terem associado a deusa local, Nekhbet, com a deusa grega Eileithya.
  • Elefantina — Ilha próxima à primeira catarata do Nilo, foi a capital do primeiro nomo doAlto Egito. Sua divindade principal era Khnum.
  • el-Kab — Nome atual do sítio onde se situava a antiga cidade egípcia chamada Nekheb.
  • Embalsamamento — Ato ou efeito de embalsamar.
  • Embalsamar — Introduzir em um cadáver substâncias que o isentem de decomposição.
  • Enéade — Grupo de nove divindades formado por Amon-Rá, considerado como demiurgodo qual nasceram os deuses Shu e Tefnut, pais de Geb e Nut, dos quais, por sua vez, nasceram Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Esse era o mais importante grupo de divindades do panteão egípcio.
  • Epagômenos — Diz-se dos cinco dias que os egípcios acrescentaram ao seu calendário de 12 meses de 30 dias para que ele coincidisse com o ano solar. Nestes dias nasceram Osíris, Haroéris, Seth, Ísis e Néftis.
  • Epiphi — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à segunda quinzena de maio e primeira quinzena de junho do nosso calendário.
  • Ermont — Nome em copta da atual localidade de Armant.
  • Ernutet - Outro nome da deusa Renenutet.
  • Escaravelho-coração — Amuleto de pedra dura que era depositado no lugar do coração, no peito da múmia. Muitas vezes o escaravelho está incrustado numa moldura retangular. Tais amuletos foram encontrados também no tórax de certos animais sagrados.
  • Escriba — Veja: Os Escribas.
  • Esfinge — Estátua composta por uma cabeça de rei e um corpo de leão deitado. Durante toda a história do Egito a esfinge simbolizou o poder e a majestade reais. No Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) alguns deuses foram representados como esfinges sob os traços de seus animais, como é o caso, por exemplo, do carneiro de Amon em Karnak.
  • Esna — Cidade do Alto Egito na qual foram encontradas múmias de peixes do gênero "latus niloticus", o que levou os gregos a darem o nome de Latópolis à localidade.
  • Estela — Laje vertical de pedra ou, por vezes, de madeira, com textos, relevos ou pinturas. Elas podiam ser usadas como marcadoras de limite, para celebrar uma vitória, para homenagear os deuses, etc. Frequentemente eram usadas como equipamento funerário. Nesse caso o defunto era mostrado na presença dos deuses e uma lista de provisões e oferendas era inscrita para prover alimentação na vida após a morte. As inscrições nas estelas dos faraós geralmente falavam sobre suas façanhas. Um dos temas habituais era a habilidade superior do faraó em tomar decisões sábias. As narrativas contam como os faraós pediam conselhos aos seus cortesãos e, depois, rejeitava as sugestões recebidas em favor de seus próprios planos, obviamente mais inteligentes. As estelas comemorativas ou votivas estão colocadas em templos; as estelas tumulares funcionam dentro da decoração das tumbas.
  • Estela da Carestia ou Estela da Fome — Inscrições em pedra do período de Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.) narrando a lenda dos sete anos de carestia ocorridos durante o reinado de Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.).
  • Estela da Vitória — Inscrições em pedra do faraó Tutmósis III (c. 1479 a 1425 a.C.) falando de suas vitórias contra os inimigos do Egito.
  • Estela dos 400 Anos — Pedra comemorativa erigida por Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.) no 34.º ano de seu reinado, na qual proclama a veneração de Seth pelos ancestrais imediatos do rei e marca os 400 anos do reinado da divindade no delta oriental.
  • Ex-voto — Objeto que um fiel dedica a uma divindade em seu templo.


  • F
  • Falsa-porta — Simulacro de porta que se construia nas tumbas e pela qual se acreditava que o morto pudesse circular entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
  • Faraó — Palavra oriunda do egípcio per-â, que significa "casa grande", ela na verdade designa o palácio do rei, mas acabou por nomear o seu ocupante. Note-se que tal palavra só foi usada a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.).
  • Fayum — Região do Egito formada por uma vasta depressão, extremamente fértil, com cerca de 65 quilômetros de leste a oeste e um grande lago, chamado Moeris, que na antiguidade fervilhava de vida selvagem e tinha abundante vegetação em suas margens.
  • Fenekh — Nome que os egípcios davam ao animal mítico, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, que representava o deus Seth.
  • Fênix — Na ótica heliopolitana, pássaro de luz que no princípio dos tempos pousou sobre um topo de pirâmide dando início à criação do Universo. Veja: A Fênix ou Ave Benu.
  • Filhos de Hórus — Quatro divindades guardiãs dos vasos canopos. Veja: Os Filhos de Hórus e os Vasos Canopos.


  • G
  • Gárgula — Final esculpido, quase sempre representando figuras grotescas, que escoa as águas das calhas para longe das paredes.
  • Geb — O deus-Terra, filho de Shu e Tefnut, irmão e marido de Nut e pai de Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Membro da enéade de Heliópolis, a mais importante congregação de deuses do panteão egípcio. Seu animal sagrado era o ganso. Representado como um homem barbado com um ganso sobre a cabeça, ou simplesmente como um ganso. Veja: O Deus Terra.
  • Gebb — Outra grafia do nome do deus Geb.
  • Gesa — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Apollinopolis Parva.
  • Gesy — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Apollinopolis Parva.
  • Gizé — Sítio próximo ao Cairo no qual se encontram as três maiores pirâmides egípcias: Kéops, Kéfren e Miquerinos. Ali se localizam túmulos particulares, sobretudo do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e a Grande Esfinge. Administrativamente, fazia parte do 2.ºnomo do Baixo Egito.
  • Grande Esfinge — Imenso monumento em pedra representando um leão deitado com cabeça humana, situado ao sul do complexo da pirâmide de Kéops, em Gizé.
  • Grande Ovo — Ovo produzido pelas divindades Geb e Nut e do qual se originou o deus-Sol na forma de um pássaro conhecido pelos egípcios como Ave Benu e pelos gregos comoFênix.


  • H
  • Hapi — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia os pulmões do morto, os quais, depois de embalsamados, eram colocados em um dos vasos canopos. Representado por uma figura mumiforme com cabeça de mono cinocéfalo.
  • Harakhti — Essa divindade, cujo nome significa "Hórus no Horizonte", era a manifestação do Sol ao surgir e se pôr. Muitas vezes identificado a , quando passava a se chamar Rá-Harakhti. Representado como um homem com cabeça de falcão, ou simplesmente como um falcão.Veja: O Sol no Horizonte.
  • Haroéris — Uma das formas do Hórus solar. O nome significa Hórus, "o antigo", "o velho", ou "o primogênito". Identificado com o deus-falcão e, particularmente, o protetor do rei. Representado como um homem com cabeça de falcão, ou simplesmente como um falcão. Veja: Hórus, o Antigo.
  • Harpócrates — Uma das formas do Hórus solar. Seu nome significa Hórus, "o menino". Trata-se de uma forma tardia de Hórus no seu aspecto de ser o filho de Ísis e Osíris quando criança. Pertencia à enéade de Heliópolis. Também identificado com o deus-Sol, que renascia a cada manhã, sendo mostrado a emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas celestiais. Representado como uma criança nua, usando a Coroa Dupla do faraó ou um penteado infantil com tranças e chupando o dedo. Muitas vezes é representado sendo amamentado por Ísis ou por Hátor. Veja: Hórus, o Menino.
  • Harsiese — Uma das formas do Hórus solar. Especificamente designado como filho de Ísis. Vingador de Osíris e protótipo do filho obediente. Representado como um homem com cabeça de falcão, usando a Coroa Dupla do faraó. Veja: Hórus, Filho de Ísis.
  • Harsomtus — Deus menino considerado como filho de Hórus de Edfu e de Hátor, com os quais formava a tríade daquela cidade. Seu nome significa "Hórus unificador das duas terras". Representado como uma criança usando a Coroa Dupla do faraó, ou como uma serpente em pé sobre a cauda usando a mesma coroa. Às vezes identificado com Harpócrates.
  • Hat-Hor — Nome egípcio da deusa Hátor. Significa "A Morada de Hórus".
  • Hatmehyt — Divindade em forma de peixe venerada na cidade de Ampet. Veja: Os Peixes Sagrados.
  • Hátor — Deusa do céu e das árvores, além de muitas outras associações. Identificada a Ísis e ama de leite do rei. Protetora do amor, das mulheres, da necrópole e também da região mineradora do Sinai. Representada como uma mulher usando na cabeça o disco solar entre chifres de vaca, ou uma mulher com cabeça de vaca. Também representada como uma vaca usando o disco solar e duas plumas entre os chifres. Seu nome significa "A Morada de Hórus". Veja: A Deusa do Amor.
  • Hedjet — Nome egípcio da Coroa Branca.
  • Heliópolis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia de On, significando "cidade do Sol". Situava-se ao nordeste do atual Cairo, era o feudo do deus  e a capital espiritual do Egito. Ela abrigou um grande conjunto de nove divindades (enéade), formado por Amon-Rá, considerado como demiurgo do qual nasceram os deuses: Shu e Tefnut, pais de Geb e Nut, dos quais, por sua vez, nasceram Osíris, Ísis, Seth e Néftis.
  • Hep — Nome que os egípcios davam ao touro Ápis.
  • Heqet — Deusa primordial venerada como uma das oito divindades principais deHermópolis. Em Antinoópolis, esposa de Khnum. Associada à criação e ao nascimento. Ajudava as mulheres na hora do parto. Representada como uma mulher com cabeça de rã. Veja: A Deusa Rã.
  • Hermôntis — Nome dado pelos gregos à cidade egípcia de Iuny. Cidade situada na margem ocidental do Nilo, no quarto nomo do Alto Egito, era um dos mais importantes locais de culto ao deus da guerra, Montu, e capital de todo o nomo, incluindo Tebas, até o princípio da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.).
  • Hermópolis — Nome dado pelos gregos à cidade egípcia de Khmun. O nome egípcio significa "cidade de oito", referindo-se ao grupo de oito divindades que representava o mundo antes da criação. O nome grego significa "cidade de Hermes", referindo-se ao deus Thoth que os gregos associaram ao seu deus Hermes. Era capital do 15.º nomo do Alto Egito, conceituada pela prudência e sabedoria de seu clero e protegida pelo deus Thoth que ali era venerado como um demiurgo.
  • Heru-Behdety — Nome que os egípcios davam ao deus conhecido como Hórus de Behdet.
  • Heru-pa-khret — Nome que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram deHarpócrates.
  • Her-wer — Localidade na qual se erguia um templo dedicado à deusa-rã Heqet, ainda não encontrado pelos egiptólogos.
  • Hesat — Divindade tida como a mãe mítica da criança real e encarregada de alimentá-la com seu leite nutritivo, chamado de "a cerveja de Hesat". Em certas regiões do Alto Egito é considerada mãe do touro Mnévis e de Anúbis. Em Heliópolis é esposa de Ápis, ou sua mãe, segundo outros textos. Era uma forma de Ísis e de Hátor. Representada como uma mulher com cabeça de vaca, ou simplesmente como uma vaca branca.
  • Hicsos — Povo estrangeiro que dominou o Egito aproximadamente entre 1640 e 1532 a.C. A palavra "Hicsos" é a forma grega de uma frase egípcia que significa "governante de terras estrangeiras".
  • Hieracômpolis — Esta cidade muito antiga do sul do Alto Egito era denominada Nekhen na antiguidade e atualmente chama-se Kom el-Ahmar. Tinha como divindade principal um falcão com toucado de duas plumas altas, que foi rapidamente assimilado a Hórus.
  • Hieróglifo — Sinal da escrita egípcia. Quem deu o nome de "hieroglífica" para a escrita egípcia foram os gregos. O termo é junção das palavras gregas "glyphein", que significa inscrever, gravar e "hieros", que significa sagrado. Inscrições sagradas, portanto, porque os gregos achavam, erroneamente, que se tratava de uma escrita meramente religiosa. Os hieróglifos devem ter surgido por volta de 4000 anos a.C. e é um dos mais antigos métodos de escrita que conhecemos.
  • Hipostila — Nome que se dá a uma sala cujo teto é sustentado por colunas como, por exemplo, as salas hipostilas dos grandes templos de Luxor e Karnak.
  • Hiquê — Nome dado pelos antigos egípcios à essência vital.
  • Hino Canibal — Trecho dos Textos das Pirâmides que se refere ao fato do rei devorar os deuses para assimilar seus poderes.
  • Hititas — Povo da antiguidade que fundou um poderoso império na Ásia Menor. Em Kadesh, junto ao Orontes, o rei hitita lutou contra o famoso Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.).
  • Horjenti Irti — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram deHaroéris.
  • Hor Merti — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram deHaroéris.
  • Hor Nubti — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram deHaroéris.
  • Hor Ur — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram deHaroéris.
  • Hórus — Deus solar identificado com o rei durante toda a sua vida. É o mais antigo deus estatal do Egito. Também venerado como o filho de Osíris e de Ísis, tendo se tornado o vingador da morte de seu pai. Membro do conjunto dos nove deuses (enéade) de Heliópolis, o mais importante grupo de deuses do panteão egípcio. Frequentemente assimilado a outros deuses. Representado como um homem com cabeça de falcão usando, às vezes, o disco solar e o uraeus. Muitas vezes aparece usando a Coroa Dupla. Também representado simplesmente como um falcão. Veja: Falcão, o deus Solar.
  • Horu-sa-Aset — Nome que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram deHarsiese.
  • Hórus de Behdet — Outro nome do deus Hórus de Edfu.
  • Hórus de Edfu — Uma das formas do Hórus solar. Representado como um homem com cabeça de falcão, ou simplesmente como um falcão. Também representado na forma de um disco solar provido de um grande par de asas de falcão e desta maneira talhado nas portas de muitos templos. Veja: Hórus de Edfu.


  • I
  • Ilha de Fogo — Uma terra mágica e distante da qual a essência vital, chamada de Hiquê, era trazida. Esse era um lugar além dos limites do mundo, onde os deuses nasciam ou reviviam e de onde eram enviados ao nosso mundo.
  • Imset — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia o fígado do morto, o qual, depois de embalsamado, era colocado em um dos vasos canopos. Representado por uma figura mumiforme com cabeça de um homem barbado.
  • Ísis — Divindade irmã e esposa de Osíris e mãe de Hórus. Representada como uma mulher usando na cabeça o hieróglifo do seu nome. Considerada a esposa e a mãe ideal, ela é antes de mais nada uma deusa protetora. Uma das quatro divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos.
  • Iuny — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Hermôntis.
  • Iuny-Montu — Palavra egípcia da qual se derivou o nome da atual localidade de Armant.


  • K
  • Ka — Um dos elementos que, segundo os egípcios, formavam o ser humano. Ligado ao corpo de alguma forma, era uma individualidade ou personalidade abstrata que possuia existência independente. Tinha liberdade para mover-se de um lugar a outro da terra, à sua vontade, e podia entrar no céu e conversar com os deuses. As oferendas feitas nos túmulos visavam alimentá-lo, pois era capaz, segundo se supunha, de comer, beber e apreciar o cheiro do incenso.
  • Kadesh — Veja Batalha de Kadesh.
  • Karnak — Essa palavra deriva do nome de uma aldeia moderna das proximidades (el-Karnak) e é utilizada para designar um imenso complexo cultural da cidade de Tebas, cujo templo principal era dedicado ao deus Amon. Outras divindades eram também veneradas ali, como sua esposa Mut e seu filho Khons, além dos deuses Montu e Ptah.
  • Keb — Outra grafia do nome do deus Geb.
  • Kebb — Outra grafia do nome do deus Geb.
  • Khentamentiu — Deus da necrópole em Abido que se apresenta sob a forma de um cão preto. Durante a XII dinastia (1991 a 1783 a.C.), foi substituído pelo próprio Osíris.
  • Khepra — O deus escaravelho, identificado com  como o deus criador. Forma que o deus-Sol assume pela manhã. Representado como um homem com um escaravelho no lugar da cabeça, ou simplesmente como um escaravelho. Frequentemente é representado como um escaravelho dentro do disco solar. Veja: O Escaravelho Sagrado.
  • Kherep Selket — Nome que os egípcios davam aos sacerdotes da deusa Selkis e que significa "aquele que tem poder sobre a deusa escorpião".
  • Khéti — Uma das serpentes habitantes do mundo subterrâneo, moradora da oitava região. Veja: As Serpentes do Inferno.
  • Khmun — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Hermópolis.
  • Khnum — Deus da região da primeira catarata (Assuão), de onde sua ligação com a inundação. Juntamente com Anqet, sua esposa, e Satis, sua filha, formava a tríade das divindades daquela região. Reverenciado como um antigo deus criador, em função dos poderes procriadores do carneiro, foi ele quem modelou os corpos dos deuses e dos homens em seu torno de oleiro. Representado como um homem com cabeça de carneiro, ou simplesmente como um carneiro. Veja: O Criador da Raça Humana.
  • Khnum-Rá — Divindade resultante da associação das características dos deuses Khnum e. Representado como um homem com cabeça de carneiro tendo um disco solar e umuraeus na cabeça.
  • Khons — Deus da Lua. Com seu pai Amon e sua mãe Mut formava a tríade tebana. Representado como um jovem príncipe usando um penteado infantil com tranças, o disco lunar e o crescente, frequentemente mumiforme. Também representado como um homem com cabeça de falcão e idêntico penteado.
  • Khu — Nome que os egípcios davam a um dos elementos que, segundo eles, formavam o ser humano. Tratava-se do espírito ou inteligência espiritual, e entendido como uma forma brilhante, luminosa e intangível do corpo.
  • Kohl — Uma mistura de galena (sulfureto natural de chumbo), enxofre e gordura animal que era usada como maquiagem dos olhos. Também servia para protegê-los do clarão do sol e aliviar inflamações oculares.
  • Koiak — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à segunda quinzena de outubro e primeira quinzena de novembro do nosso calendário.
  • Kom el-Ahmar — Nome atual da região onde se situava Hieracômpolis.
  • Kom Ombo — Sítio do Alto Egito que foi muito importante no Período Ptolomaico (304 a 30 a.C.). Ali se situava um belíssimo templo dedicado ao deus Sebek.


  • L
  • Latópolis — Nome dado pelos gregos à cidade de Esna, pois ali foram encontradas múmias de peixes do gênero "latus niloticus".
  • Leontópolis — Nome grego da cidade que era a capital do 11.º nomo do Baixo Egitodurante o Período Ptolomaico (304 a 30 a.C.). Centro de culto do deus Maahes. O autor grego Estrabão escreveu sobre uma "Cidade dos Leões", referindo-se provavelmente a essa localidade.
  • Letópolis — Nome grego da cidade que era a capital do segundo nomo do Baixo Egito, situada uns 13 quilômetros a noroeste do Cairo. Centro de culto do deus Haroéris.
  • Livro das Portas — Uma narração sobre a viagem do deus-Sol pelo mundo noturno surgida no começo da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.). O espaço noturno foi balizado por 12 portas que indicavam as 12 horas da noite.
  • Livro de Apófis — Conjunto de textos mágicos e rituais destinados a combater os efeitos da terrível serpente Apófis no mundo. Essa coleção de feitiços data do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). São fórmulas destinadas a derrotar o monstro, fornecendo proteção contra os seus poderes maléficos e também contra as cobras, vistas como manifestações perigosas da deidade, ainda que secundárias.
  • Livro de Him no Inferno — Composições mistas de figuras e textos inscritos nas tumbas que descrevem a passagem do deus-Sol pelo mundo dos mortos.
  • Livro dos Mortos — Coletânea de fórmulas, na realidade chamada pelos egípcios de Livro para Sair à Luz do Dia, que a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) era colocada ao lado do morto para ajudá-lo a superar os obstáculos que ele encontraria no além-túmulo. Tais fórmulas, aos poucos enriquecidas e completadas, foram extraídas dos Textos dos Sarcófagos, os quais, por sua vez, foram inspirados nos Textos das Pirâmides.
  • Livro para Sair à Luz do Dia — Nome que os egípcios davam ao que conhecemos hoje como Livro dos Mortos.
  • Luxor — Essa palavra designa uma povoação construída no lugar ocupado outrora porTebas. Ali estão as ruínas do grande templo dedicado ao deus Amon. Seu comprimento é de quase 260 metros. Estava ligado ao templo de Karnak por uma avenida ladeada de esfinges com cabeças de carneiros.


  • M
  • Mahes — Outra grafia do nome do deus Maahes.
  • Maahes — Deus filho de  e Bastet. Identificado muitas vezes a Shu e Nefertem. Representado como um homem com cabeça de leão empunhando uma faca ou uma espada, ou simplesmente como um leão. Veja: O Leão Guerreiro.
  • Maat — Divindade feminina que encarna a ordem na terra e no universo. Seu papel é o de manter o equilíbrio do mundo tal como ele foi criado, saído do caos. Ela é filha de  e esposa de Thoth. Representada como uma mulher alta, usando uma pena de avestruz na cabeça ou, simplesmente, como uma pluma de avestruz.
  • Mammisi — Tipo especial de pequeno templo anexo aos templos principais dos Períodos Tardio (c. 712 a 332 a.C.) e Greco-romano (332 a.C. a 395 d.C.). Tratava-se de uma capela do nascimento. Era ali que o deus do templo principal nascia ou, se o templo fosse consagrado a uma deusa, o local onde esta dava à luz o seu filho. Também ali era celebrado o nascimento do faraó como personificação de filho da divindade.
  • Mangual — Artefato destinado ao trabalho de malhar grãos. Empunhado pelo faraó ilustrava seu poder sobre toda a produção do reino. Essa peça tornou-se bastante conhecida por sua presença no sarcófago de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.).
  • Manjet — Nome da barca na qual o deus-Sol, , cruzava os céus durante o dia.
  • Manu — Nome que os egípcios davam à montanha do poente, ou seja, a montanha por trás da qual o Sol se punha todas as tardes.
  • Mastaba — Veja: As Mastabas.
  • Mechir — Mês do calendário egípcio equivalente à segunda quinzena de dezembro e primeira quinzena de janeiro do nosso calendário.
  • Medinet Madi — Nome atual do sítio onde se situava a antiga cidade egípcia chamada Dja.
  • Mehen — Demônio em forma de serpente que protege o deus-Sol quando este viaja em sua barca. Representado como um homem com cabeça de serpente, empunhando uma lança, ou simplesmente como uma serpente. Seu nome significa "O Enrolado". Veja: A Defensora do Barco Solar.
  • Mekhenti-en-irty — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos chamaram de Haroéris.
  • Mênfis — Cidade situada ao sul do Cairo, na ponta do delta do Nilo. Sua divindade principal era Ptah, considerado um deus demiurgo. Ela foi durante o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) a capital do Egito e tornou-se depois a sede da administração do país. É famosa pelo seuSerapeum e sua imponente necrópole, cujos cemitérios mais famosos são os de Gizé e deSaqqara.
  • Menthu — Outra grafia do nome do deus Montu.
  • Mêntu — Outra grafia do nome do deus Montu.
  • Menwer — Nome que os egípcios davam ao touro sagrado que os gregos chamaram deMnévis.
  • Meretseger — Divindade protetora da necrópole tebana. Representada como uma enorme serpente uraeus com cabeça de mulher, ou simplesmente como uma naja. Veja: A Naja do Cume do Ocidente.
  • Mesektet — Nome da barca na qual o deus-Sol, , realizava sua viagem noturna, jornada que o levava pelas regiões do inferno.
  • Mesen — Nome egípcio do sítio conhecido atualmente como Edfu.
  • Mesore — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à segunda quinzena de junho e primeira quinzena de julho do nosso calendário.
  • Mistérios de Osíris — Festividades durante as quais se fazia uma reconstituição ritual da morte e ressurreição do deus Osíris.
  • Mithos — Nome dado pelos gregos ao deus egípcio Maahes.
  • Miysis — Nome dado pelos gregos ao deus egípcio Maahes.
  • Mnévis — Touro sagrado venerado como a manifestação terrena do deus . Nas ilustrações era representado como um touro usando o disco solar e a serpente uraeus entre os chifres. Veja: O Touro Mnévis.
  • Moeris — Nome dado pelos escritores clássicos ao lago da região do Fayum.
  • Mont — Outra grafia do nome do deus Montu.
  • Montu — Originalmente era a divindade local de Hermôntis, ao sul de Tebas. Estava ligado aBuchis, o boi sagrado adorado naquela cidade. Foi o principal deus tebano antes do crescimento do culto de Amon. Posteriormente tornou-se o deus da guerra. Representado como um homem com uma cabeça de falcão encimada por um disco solar, uma serpenteuraeus e duas longas plumas. Veja: O Deus da Guerra.
  • Montu-Rá — Deidade resultante da identificação do deus Montu com .
  • Mumificação — Depois de extraírem o cérebro e as vísceras do morto, os sacerdotes enchiam o corpo de tampões embebidos em substâncias aromáticas. A seguir o cadáver era desidratado no sal de natrão durante 60 dias. Finalmente, era envolvido em finas faixas de linho entre as quais eram inseridos amuletos, encarregados de assegurar a proteção do morto. Toda essa operação era acompanhada de recitação de fórmulas religiosas.
  • Mut — Essa deusa era a divina esposa de Amon. Juntamente com ele e seu filho Khonsformava a tríade tebana. Representada por uma mulher usando a Coroa Branca ou a Coroa Dupla do faraó ou, então, um adorno de cabeça em forma de abutre. Às vezes representada com cabeça de leoa. Também podia ser mostrada simplesmente como um abutre.
  • Myw — Nome que os egípcios davam ao gato, correspondendo ao som que o bicho emite, ou seja, o nosso conhecido "miau", palavra onomatopaica que passou para outros idiomas, inclusive o português, indicando o miado daquele animal.


  • N
  • Narmouthis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia chamada Dja.
  • Natrão — Essa substância, que é o carbonato hidratado de sódio natural, era empregada pelos egípcios para desidratar os cadáveres no processo de mumificação. A palavra egípica que o designava era ntrj.
  • Nebty — Um dos cinco nomes que o faraó recebia era o seu "nome nebty", o qual se relacionava com as deusas tutelares do Egito conhecidas como duas damas.
  • Nechbet — Outra grafia do nome da deusa Nekhbet.
  • Necrópole — Palavra grega que significa cemitério. Designa, normalmente, importantes e vastas áreas de sepulturas que foram utilizadas durante longos períodos.
  • Neebca — Um dos 42 juízes do tribunal de Osíris que fazia a pesagem do coração do falecido.
  • Nefertem — Deus do lótus e dos unguentos, associado ao Sol nascente. O jovem filho dePtah e de Sekhmet, com os quais formava a tríade menfita. Representado como um homem barbado usando na cabeça uma flor de lótus, da qual se projetam duas longas plumas. Também representado como uma criança coroada com ou sentada sobre uma flor de lótus.
  • Néftis — Divindade irmã de ÍsisOsíris e de Seth, do qual também era esposa. Auxiliou Ísis a velar Osíris e reanimá-lo. Representada como uma mulher trazendo na cabeça o hieróglifo do seu nome, que significa "senhora do castelo". Uma das quatro divindades guardiãs de ataúdes evasos canopos.
  • Nehebkau — Divindade masculina sob a forma de uma das perigosas serpentes do inferno. Também aparecia em uma versão benéfica, como servidor de  e provedor de alimentos para os mortos. Esposo da deusa Selkis, ou seu filho, segundo outras versões da lenda. Representado como uma serpente com cabeça, pernas e braços humanos, ou, mais raramente, com um corpo de homem e segurando o olho de Hórus. Veja: As Serpentes do Inferno.
  • Neith — Deusa da guerra e da caça bastante antiga, cultuada no delta do Nilo. Seu emblema é um escudo com flechas cruzadas sobre ele. Reverenciada como deusa da sabedoria. Posteriormente considerada irmã de Ísis, Néftis e Selkis. Uma das quatro divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos. Representada como uma mulher usando a Coroa Vermelha doBaixo Egito e segurando um arco e uma flecha.
  • Nekhbet — Deusa abutre protetora do Alto Egito. Aparece, às vezes, no diadema real ao lado da serpente Wadjit, protetora do Baixo Egito. Uma das divindades que ajudava nos nascimentos reais e divinos. Representada como uma mulher usando a Coroa Branca do Alto Egito, ou como um abutre usando o mesmo toucado. Seu nome significa "Aquela de Nekheb". Veja: A Deusa Abutre.
  • Nekheb — Povoação existente desde o período pré-dinástico, situada na margem oriental do Nilo, foi centro de culto da deusa-abutre Nekhbet. Pelo menos desde o início da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) a cidade serviu de capital do 3.º nomo do Alto Egito.
  • Nekhebet — Outra grafia do nome da deusa Nekhbet.
  • Nekhen — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Hieracômpolis.
  • Nomarca — Nome dado pelos gregos ao chefe administrativo que governava cada um dosnomos egípcios.
  • Nomo — Nome que os gregos deram às regiões administrativas que compunham o Egito. Cada nomo tinha uma capital de onde o nomarca governava a região.
  • Ntrj — Nome egício do natrão.
  • Núbia — Região ao sul da primeira catarata que foi, desde os primórdios, considerada como pertencente de direito aos egípcios. Por ali entravam os produtos exóticos africanos. Era importante fonte não apenas de ouro, minerais e madeira, mas também de recrutas para o exército e a polícia egípcia.
  • Nun — Divindade que personificava as águas primordiais que envolviam o mundo antes da criação e das quais surgiram todas as formas de vida. Representado como um homem com barba.
  • Nut — Deusa do céu. Filha de Shu e Tefnut; irmã e esposa de Geb, o deus-Terra; mãe deOsíris, Ísis, Seth e Néftis. Ela alternadamente devora e lança ao mundo o Sol e as estrelas, seguindo o ciclo diurno ou noturno. Pertencia à enéade de Heliópolis, a mais importante congregação de deuses do panteão egípcio. Sua imagem está pintada no interior dossarcófagos, onde ela vela o morto e reconstitui o universo ao redor dele. Representada como uma mulher com asas, abertas ou fechadas junto ao corpo, e ostentando na cabeça ohieróglifo do seu nome. Também representada como uma mulher nua, de corpo alongado, com pele azul e o corpo coberto de estrelas, inclinada para a frente, com as mãos tocando o chão, de molde a formar a curvatura da abóbada celeste, e debruçada sobre seu marido, representando o céu arqueado sobre a terra.


  • O
  • Oceano Primordial — Segundo a cosmogonia de Heliópolis, grande massa aquosa existente desde o início dos tempos da qual saiu o deus Atum sob a forma de uma grande colina.
  • Ofois — Nome dado pelos gregos ao deus egípcio Wepwawet.
  • Olho de Hórus — Veja Uedjat.
  • Olho Uedjat — Veja Uedjat.
  • Ombos — Veja Kom Ombo
  • On — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Heliópolis.
  • Orontes — Rio da Síria que nasce na cordilheira chamada Antilíbano, passa pela cidade turca de Antioquia e desagua no Mediterrâneo.
  • Osíris — Filho de Geb e de Nut, marido de sua irmã Ísis, era ogirinalmente o deus da fertilidade. Representado como um homem barbado, em forma de múmia, usando a Coroa Atef. Suas mãos projetam-se para fora das bandagens, segurando o bastão e o chicote, símbolos da realeza. Sua pele é, muitas vezes, pintada de verde ou de preto. Osíris, depois de ter sido assassinado por seu irmão Seth e trazido de volta à vida por Ísis, tornou-se uma divindade funerária que reina no mundo subterrâneo. Veja: Hórus, o Menino.
  • Oxyrhynchus — Nome dado pelos gregos à cidade que os egípcios chamavam de Per-medjed.
  • Oxyrinco — Peixe venerado pelos egípcios no 19.º nomo do Alto Egito. Veja: Os Peixes Sagrados.


  • P
  • Paleta — Placa geralmente de ardósia e oval com uma cavidade central. Inicialmente pequenas e destinadas a conter cosméticos, passaram a ser objetos votivos com tamanho de pequenos escudos e simbolizando combates e conquistas de cidades.
  • Pa-Sebek — Antigo nome egípcio de Kom Ombo, significando "A Casa de Sebek".
  • Payni - Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à segunda quinzena de abril e primeira quinzena de maio do nosso calendário.
  • Per-â — Palavra egípcia que é a origem da palavra faraó.
  • Per-Bastet — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Bubastis. Significa "Casa de Bastet".
  • Per-Medjed — Capital do 19.º nomo do Alto Egito. A cidade tornou-se importante no Período Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.), quando passou a se chamar Oxyrhynchus.
  • Pert - Estação do calendário egípcio correspondente ao tempo da semeadura e que se estendia aproximadamente entre a segunda quinzena de novembro e a primeira quinzena de março do nosso calendário.
  • Per-Wadjit — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Buto. Significa "Casa de Wadjit".
  • Pet — Nome egípcio do símbolo que representa o céu: uma espécie de plataforma desenhada na parte superior das imagens.
  • Philae — Ilha situada ao sul do Egito, na primeira catarata. Aí foi edificado, no Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.), um complexo divino consagrado à deusa Ísis. Com a construção da barragem de Assuão, a ilha ficou submersa e seus templos foram transferidos para a vizinha ilha de Agilkia.
  • Pilone — Construção maciça, com quatro faces, que forma a portada de um monumento egípcio. Trata-se de uma enorme parede inclinada marcando a entrada dos templos. Era constituído por duas torres volumosas de forma trapezoidal que flanqueavam o portal. No Templo de Karnak, uma série de pilones marcam a entrada de numerosos templos, os quais foram acrescentados ao local por sucessivos faraós.
  • Pschent — Nome egípcio da Coroa Dupla.
  • Ptah — Divindade principal de Mênfis, onde era considerado o deus criador desde cerca de 3000 anos a.C. Para criar todas as coisas do mundo, havia pronunciado os seus nomes, fazendo-as existir. Com Sekhmet, sua esposa, e Nefertem, seu filho, formava a tríade menfita. Sendo o artífice divino, era tido como patrono dos artesãos, das artes e dos ofícios. Seu animal sagrado era o boi Ápis. Representado como um homem barbado, mumiforme, com os cabelos cortados bem rente e portando um cetro. Veja: O Homem com Cabeça de Íbis.
  • Ptah-Seker-Osíris — Uma divindade compósita, incorporando os deuses principais da criação, da morte e do além-túmulo: Ptah, Seker e Osíris. Representado como um anão de pernas tortas e barba bem cortada, às vezes com um escaravelho na cabeça. Também podia ser representado como uma figura barbada em forma de múmia, usando na cabeça duas penas, o disco solar e chifres de carneiro.


  • Q
  • Qaby — Uma das serpentes habitantes do mundo subterrâneo, ficava postada no portal da terceira região.
  • Qeb — Outra grafia do nome do deus Geb.
  • Qebehsenuf — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia os intestinos do morto, os quais, depois de embalsamados, eram colocados em um dos vasos canopos. Representado por uma figura mumiforme com cabeça de falcão.
  • Qus — Nome moderno da localidade que os gregos chamaram de Apollinopolis Parva.


  • R
  •  — Esse deus que encarna o Sol é originário de Heliópolis, no Baixo Egito. Venerado em todo o país como juiz supremo e criador dos homens, encabeçava o conjunto dos nove deuses (enéade) de Heliópolis, o mais importante grupo de deuses do panteão egípcio. Representado como um falcão, ou como um homem com cabeça de falcão que percorre o céu em sua barca. Veja: Falcão, o Deus Solar.
  • Rá-Harakhti — Divindade formada pela identificação do deus Harakhti com , era uma das formas que o deus-Sol assumia. O nome significa "Hórus no Horizonte". Era representado como um falcão ou como um homem com cabeça de falcão e entendido como manifestação do Sol ao surgir e se pôr. Veja: O Sol no Horizonte.
  • Ra-Heru-akhty — Nome que os egípcios davam ao deus Rá-Harakhti.
  • Ra-Tem — Uma forma de  e o símbolo do Sol noturno.
  • Renenet - Outra grafia do nome da deusa Renenutet.
  • Renenutet — Deusa da fertilidade e das colheitas, bem como enfermeira divina. Representada como uma mulher, às vezes com cabeça de uma serpente uraeus. Também podia ser mostrada como uma enorme serpente uraeus com o disco solar e chifres de vaca na cabeça. Veja: A Deusa da Colheita.
  • Rostau — Antigo nome da localidade de Gizé.


  • S
  • Sacerdote Leitor — Sacerdote cuja função era a de declamar os textos rituais do culto funerário ou do templo.
  • Saguão das Duas Verdades — Grande salão no qual se realizava o julgamento dos mortos e no qual ficava uma grande balança destinada a pesar o coração do falecido.
  • Saqqara — Sítio do Baixo Egito contendo os cemitérios da antiga cidade de Mênfis. Cobre uma área de mais de seis quilômetros de comprimento e mede mais de um quilômetro e meio em sua maior largura.
  • Sarcófago — Urna funerária de madeira ou pedra. Palavra de origem grega que de início significava "comedor de carne". Veja: Os Sarcófagos.
  • Satis — Deusa da região da catarata de Assuão. Filha de Khnum e Anqet, formava com eles a tríade das divindades daquela região. Representada como uma mulher usando a Coroa Branca do Alto Egito e chifres de gazela.
  • Seb — Outra grafia do nome do deus Geb.
  • Sebek — Deus-crocodilo, filho da deusa Neith e aliado do implacável deus Seth. Representado como um homem com cabeça de crocodilo, ou simplesmente como um crocodilo. Veja: O Crocodilo Domesticado.
  • Sef — Nome de um dos leões que simbolizavam o deus Aker. A palavra significa "ontem".
  • Sehel — Ilha situada três quilômetros ao sul de Elefantina que apresenta interessantes grafitos antigos comemorando expedições para extração de pedra. Ali foi encontrada a chamadaEstela da Carestia.
  • Seker — Deus das necrópoles, protegia o espírito do morto em sua passagem pelo mundo subterrâneo em direção ao além-túmulo. Muitas vezes identificado a Osíris e Ptah quando, então, recebia o nome de Ptah-Seker-Osíris. Representado por uma figura mumiforme com cabeça de falcão e usando a Coroa Atef, ou por um ídolo primitivo em forma de falcão.
  • Sekhmet — Deusa que simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Respeitada como aquela que traz a destruição para os inimigos de . Esposa de Ptah, juntamente com ele e comNefertem, seu filho, formava a tríade menfita. Às vezes fundida a Bastet e muitas vezes identificada a Mut. Representada como uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar e por uma serpente uraeus. Seu nome significa "A Poderosa". Veja: A Leoa Sanguinária.
  • Selchis - Outra grafia do nome da deusa Selkis.
  • Selket - Outra grafia do nome da deusa Selkis.
  • Selkis — Deusa-escorpião, identificada com o calor abrasador do Sol. Representada como uma linda mulher com um escorpião na cabeça, ou simplesmente como um escorpião. Esposa de Nehebkau. Graça a seus ensinamentos, os mágicos curavam as picadas dos escorpiões. Uma das quatro divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos. Seu nome significa "Aquela que Faz a Garganta Respirar". Veja: A Deusa Escorpião.
  • Selkit - Outra grafia do nome da deusa Selkis.
  • Selqet - Outro nome da deusa Selkis.
  • Serapeum — Uma catacumba precedida por uma avenida de esfinges, mandada construir por Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.), destinada a sepultar os bois Ápis. O nome é derivado da palavra grega Serápis.
  • Serápis — Nome de divindade criada por Ptolomeu I (304 a 284 a.C.) ao assumir o controle do Egito, numa tentativa de unificar os gregos e os egípcios estabelecendo um deus que fosse familiar às duas culturas. Combinava características dos deuses gregos Zeus, Asclépio e Dionísio com as do deus egípcio Osíris e as do culto do sagrado touro Ápis. Serápis (Osíris-Ápis) tornou-se o deus nacional do Egito durante o Período Ptolomaico (304 a 30 a.C.).
  • Serdab - Câmara existente na estrutura das mastabas, sem comunicação com o exterior a não ser por uma estreita fenda, e destinada a receber a estátua do morto. Podia conter ainda o tesouro e objetos necessários à existência material do ka.
  • Serket - Outro nome da deusa Selkis.
  • Serqet - Outro nome da deusa Selkis.
  • Serket-Heru — Nome egípico da deusa Selkis.
  • Seth — Deus dos trovões, das tempestades, dos desertos, da desordem e da violência. Membro da enéade de Heliópolis, o mais importante grupo de deuses do panteão egípcio. Irmão de Osíris e seu assassino. Irmão de Ísis e de Néftis, de quem também era esposo. Rival de Hórus. Representado como um homem com a cabeça de um animal de tipo indefinido, ou simplesmente como esse tipo indefinido de animal, sentado ou deitado. Às vezes parecido com um bode; outras com um cão de longo focinho, orelhas compridas e cauda ereta. Divindade popular no delta oriental por sua semelhança com o deus sírio Baal. Veja: O Deus do Mal.
  • Shai — Um tipo de bolo de pão feito de farinha fina.
  • Shedet — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Crocodilópolis.
  • Shedshed — Antigas bandeiras transportadas adiante do rei nas celebrações de triunfos militares e já mostradas em peças tão antigas quanto, por exemplo, a famosa paleta do rei Narmer (c. 3000 a.C.).
  • Shen — Símbolo religioso que é o emblema da eternidade. Formado por uma corda em círculo com as pontas amarradas.
  • Shu — Deus do ar, dos ventos secos e da luz, personificava a atmosfera. Filho de , comTefnut, sua esposa e irmã, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Pai de Nut (o céu) e de Geb (a Terra), é mostrado com frequência como um homem separando os dois. Representado como um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas de avestruz, também pode aparecer como um leão.
  • Sistro — Espécie de matraca que era o símbolo da função protetora da deusa Hátor e seu instrumento musical sagrado. Havia dois tipos: um formado por uma pequena caixa em forma de naos que continha os elementos que produziam o barulho e outro constituído por um arco metálico atravessado por peças também de metal que originavam o som.
  • Siwa — Oásis do deserto líbio, um dos centros de culto do deus Maahes
  • Sunu — Nome que os egípcios davam às pessoas que prescreviam remédios médicos ou mágicos.
  • Sutekh — Nome pelo qual o deus Seth passou a ser conhecido quando foi assimilado ao deus dos hicsosBaal.


  • T
  • Tanis — Cidade situada na parte nordeste do delta do Nilo foi residência real e local de sepultamento dos faraós da XXI (c. 1070 a 945 a.C.) e XXII (c. 945 a 712 a.C.) dinastias. No Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) foi capital do 19.º nomo do Baixo Egito.
  • Tarrana — Nome atual da localidade que os gregos chamavam de Terenuthis.
  • Tebas — A Waset dos egípcios foi chamada pelos gregos de "Thebai", mas não se sabe por que razão. Essa cidade do Alto Egito tomou impulso no fim do Primeiro Período Intermediário (c. 2134 a 2040 a.C.), quando seus governantes reunificaram o país. No início do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) ela se tornou a capital do Egito. Nela foram edificados os dois grandes templos que hoje conhecemos com os nomes de Karnak e Luxor, enquanto que na margem ocidental do Nilo a necrópole tebana abrigava os túmulos dos reis, das rainhas e dos nobres do reino. A cidade permaneceu uma capital religiosa até o fim do Terceiro Período Intermediário (c. 1070 a 712 a.C.).
  • Tefnut — Deusa que personificava a umidade e as nuvens. Filha de . Irmã e esposa deShu, formava com ele o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Mãe de Geb eNut e avó de Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Representada como uma mulher, às vezes com cabeça de leoa, usando na cabeça o disco solar e a serpente uraeus. Também podia ser representada simplesmente por uma leoa.
  • Tehuti — Nome que os egípcios davam ao deus Thoth.
  • Tekhait — Uma deusa-serpente do fogo, bebedora de sangue, era esposa do deus-leãoMaahes.
  • Tell el-Amarna — Nome atual do local onde se erguia Akhetaton, a capital efêmera dofaraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.).
  • Tell el-Timai — Nome atual do local onde se erguia a cidade de Ampet.
  • Terenuthis — Nome grego da cidade situada na extremidade ocidental do delta do Nilo que era o principal centro de culto da deusa Renenutet.
  • Termuthis — Outro nome da deusa Renenutet.
  • Textos das Pirâmides — Textos religiosos descobertos na pirâmide do rei Wenis (c. 2356 a 2323 a.C.) e que se acredita terem origem muito mais remota. Eles descrevem a peregrinação do rei morto no além-túmulo e eram recitados no funeral do faraó.
  • Textos dos Sarcófagos — Textos escritos dentro dos caixões do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) destinados a ajudar o morto na sua passagem para o outro mundo. Tais textos seguem e desenvolvem a tradição dos Textos das Pirâmides, mas são usados por particulares. São conhecidas mais de 100 fórmulas mágicas.
  • Thmuis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia de Ampet.
  • Thoth — Divindade de Hermópolis, capital do 15.º nomo do Alto Egito, considerado inventor da escrita sagrada, ou seja, dos hieróglifos, e patrono dos escribas e das atividades intelectuais. Seus animais são o macaco e o íbis e ele também aparece como um homem com cabeça de íbis. Veja: O Babuíno do Deus da Escrita e O Homem com Cabeça de Íbis.
  • Thuthi - Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à segunda quinzena de julho e primeira quinzena de agosto do nosso calendário.
  • Tífon — Deus grego com o qual aquele povo identificou o deus egípcio Seth.
  • Tilapia Nilotica — Espécie de peixe que tinha conotação religiosa para os antigos egípcios. Veja: Os Peixes Sagrados.
  • Tot ou Tout - Nome que os egípcios davam ao deus Thoth.
  • Tríade — Grupo de três divindades que constituem uma "família" de deuses, composta de um deus pai, uma deusa mãe e um deus filho, ou de um deus acompanhado por duas deusas. A tríade tebana, por exemplo, era formada pelos deuses AmonMut e Khons.
  • Tuéris — Deusa-hipopótamo, divindade doméstica que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Assegurava fertilidade e partos sem perigo. Representada como um hipopótamo fêmea com patas de leão, mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Veja: A Padroeira das Mulheres Grávidas.
  • Tuna el-Gebel — Sítio com cerca de três quilômetros de extensão próximo de Hermópolis e no qual foi encontrada uma estela que marcava os limites entre Akhetaton e o seu interior agrícola.
  • Tura — Localidade onde se encontravam as pedreiras do calcário de melhor qualidade, utilizado nos relevos e revestimentos de paredes.


  • U
  • Uadjet - Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
  • Uajit - Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
  • Uajyt - Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
  • Uatchet - Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
  • Uazet - Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
  • Uedjat — Amuleto protetor que simbolizava o olho direito de Hórus, perdido durante sua luta contra Seth e restaurado por Ísis. Veja: O Olho de Hórus.
  • Upuaut — Outra grafia do nome do deus Wepwawet.
  • Uraei — Plural da palavra uraeus.
  • Uraeus — Símbolo mais representativo da realeza, o uraeus tem a forma de uma cobra que osfaraós portavam sobre a fronte ou na coroa, em lembrança de uma lenda referente ao deus. É um agente de destruição e proteção do faraó, cuspindo fogo. Veja: A Serpente Uraeus.
  • Uronart — Nome sob o qual o deus Montu era venerado na Núbia.
  • Uto - Outro nome da deusa Wadjit.


  • V
  • Vaca Celeste — Grande divindade cósmica que gerou o universo e tudo que ele contém e que atravessa o firmamento em uma barca e põe no mundo o Sol entre seus chifres.
  • Vale dos Reis — Necrópole da montanha tebana que acolheu as tumbas dos soberanos a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). A rainha Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.) inaugurou este sítio na XVIII dinastia (c. 1150 a 1307 a.C.) ao enterrar ali seu pai Tutmósis I (c. 1504 a 1492 a.C.). Veja: O Vale dos Reis
  • Vasos Canopos — Conjunto de quatro recipientes destinados a guardar o fígado, os pulmões, o estômago e os instestinos do morto. Veja: Os Filhos de Hórus e os Vasos Canopos.

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